Professora da FMT faz palestra no 11ª Simpósio Brasileiro de Hansenologia

Professora Gracielle Santos
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A professora Gracielle Santos, do curso de Fisioterapia da Faculdade Madre Thaís (FMT-Ilhéus) é uma das expositoras no 11º Simpósio da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), que começou terça (15) e termina dia 17, em plataforma on-line, pela Rede Universitária Nacional de Hanseníase (Reuna-Hans). Ela vai discorrer nesta quarta-feira às 15 horas, sobre as ações do Programa de Orientação e Reabilitação de Incapacidades em Hânsenicos (PROREABIH), um dos projetos de extensão da FMT.

O programa foi criado, pela professora Gracielle Santos, devido a incidência de casos de hanseníase em Ilhéus ser expressiva. O PROREABIH se expandiu a partir de parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, Educação, Fundação Sesp e a Secretaria de Desenvolvimento Social, que incluiu o programa nos mutirões de Saúde oferecidos pela Prefeitura.

O evento, com o tema “Hanseníase e PQT (poliquimioterapia) após 40 anos: cura, falência e resistência”, reúne os membros da Sociedade Brasileira de Hansenologia, pesquisadores internacionais, professores, gestores e representantes de movimentos sociais. A professora Gracielle representa a FMT e a Bahia destacando as iniciativas adotadas na graduação e pós-graduação através da extensão e da iniciação científica da Instituição de Ensino Superior.

O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase (perdendo para a Índia, apenas) e recentemente tornou-se o primeiro no ranking mundial em taxa de detecção da doença (antigamente chamada de lepra); ou seja, é o país com maior número de diagnósticos considerando o número de habitantes.

A doença é curável e o tratamento é gratuito pelo SUS. Porém, o país não consegue quebrar a cadeia de transmissão e boa parte da população brasileira já teve contato com o bacilo que causa a hanseníase. Um percentual tem resistência natural, mas não é possível saber quem desenvolverá ou não a doença em contato com o bacilo de Hansen.

A PQT, ou poliquimioterapia, utilizada para tratar a doença, é um coquetel de antibióticos usado há quatro décadas, daí os casos de falência de tratamento. Artigos científicos denunciam cepas resistentes no Brasil.